terça-feira, 26 de maio de 2009

Nando Reis canta para 'Dri'

Após três anos sem lançar disco de inéditas, o cantor e compositor Nando Reis retorna aos holofotes com o CD "Drês" (Universal, R$ 35, em média). Embalado pela paixão por "uma Adriana", homenageada com o trocadilho no título do álbum - que também pode ser a abreviatura de "drogas, rock ‘n'' roll e sexo" - , o músico volta inspirado e confessional.
No quesito instrumental, a bolachinha, coproduzida por Nando e o guitarrista Carlos Pontual, evidencia o amadurecimento da banda "Os Infernais". Afiado, o grupo conferiu pegada mais roqueira e coesa, em relação aos trabalhos anteriores do artista.
"Já gravei muitos discos ao vivo. Mas gosto de estúdios e de trabalhar com banda. O Pontual ajudou bastante para que a gente conseguisse tirar esse som", afirma o ex-titã.

AMOR E FAMÍLIA - O coração exposto na bela capa do CD, assinada pelo artista plástico Alexandre Sesper Cruz, traduz em imagem a entrega de Nando. O compositor reverencia a amada em faixas como "Hi, Dri!", canção empolgante com acento do rock dos anos 1960, que abre o disco recheada de guitarras e pontuada pela bateria precisa de Diogo Gameiro. A musa também é homenageada na faixa-título e em "Driamante".
Na lírica "Pra Você Guardei o Amor", o ruivo divide o microfone com a cantora Ana Cañas, representante da recente safra de intérpretes. "Não tem nada mais bonito e encantador que fazer um dueto com uma mulher, ainda mais ela. Acho que ficou lindo."
Ao esmiuçar fraquezas e inseguranças, Nando aborda a perda da mãe (em "Conta") e dedica mais uma canção para os filhos. Depois de ter escrito "O Mundo é Bão, Sebastião!" (para Sebastião) e "Espatódea" (dedicada a Zoé), ele passa a limpo a relação com a filha famosa, a VJ da MTV, Sophia, na singela "Só pra So". "Sofria vendo eu me destruir, sem conseguir me parar. Sofri vendo você pedir as coisas que eu não pude dar", diz um dos trechos da letra.
"É uma música que fala de atritos e de um pai que, às vezes, se comportou como um adolescente", explica o cantor. Aos 46 anos, ele fala abertamente sobre os estragos provocados pelas drogas e o álcool nos âmbitos profissional e afetivo. Por conta disso, tenta manter diálogo franco com os filhos sobre esses assuntos.
"Têm coisas que você não vai falar com seu pai, mas quero que eles saibam que podem contar comigo, sempre."

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