terça-feira, 24 de março de 2009

Festa Real

Dojival Filho

Jovial e irreverente, Roberto Carlos celebra os 50 anos de seu reinado artístico com uma extensa agenda de shows comemorativos, além de uma exposição na Oca, em São Paulo, que promete ser a maior já promovida no País.
A turnê, que inclui 20 cidades brasileiras e prevê uma etapa internacional em 2010, começa em 19 de abril (data do 68º aniversário do artista), em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, terra natal do cantor. Em maio, será a vez de a plateia paulista conferir o espetáculo Elas Cantam Roberto Carlos, tributo que contará com as participações de 14 cantoras da MPB, no Theatro Municipal. O show aportará no Maracanã em julho, para um público estimado em 60 mil pessoas. No Ginásio do Ibirapuera, em agosto, expoentes do rock brasileiro subirão ao palco para o show Roberto Carlos Rock Symphony.
O set list e as participações especiais de ‘amigos de fé e irmãos camaradas’ ainda não foram definidos, mas os arranjos e a direção musical ficarão a cargo do maestro Eduardo Lages, fiel escudeiro do ‘Rei’. "Vai ser uma emoção muito grande cantar em Cachoeiro. Terei de me segurar para não chorar a cada cinco minutos", afirmou Roberto, durante coletiva de imprensa concedida ontem à tarde na sede do Itaú Cultural, na Capital. Também estiveram presentes o empresário do ícone da Jovem Guarda, Dody Sirena, e o vice-presidente do Itaú, empresa que patrocina as comemorações, Antônio Matias.
Durante a turnê, Roberto, romântico como sempre, distribuirá um total de 3.456 botões de rosas vermelhas (12 dúzias a cada show) e 864 rosas brancas (três dúzias a cada noite). Três carretas transportarão cerca de 70 toneladas de equipamentos de som, luz, palco e camarim. São números superlativos até mesmo para um músico que já vendeu 100 milhões de discos e é o único na história a ter lançado um álbum por ano em 48 anos.

BOM HUMOR
Vestido com terno e calça brancos e uma indefectível camisa azul (sua cor predileta),
Roberto esbanjou simpatia e até fez piadas com a própria imagem. "Como dizem os meus imitadores: ‘São muitas emoções’. De vez em quando, eu imito meus imitadores", revelou o ídolo, antes de repetir seu característico sorriso e encerrar uma resposta sobre a concepção dos shows.
Nem quando foi perguntado sobre o interesse sexual que desperta na octagenária apresentadora Hebe Camargo ele perdeu o rebolado. "A Hebe é realmente uma gracinha, uma pessoa única".
Questionado sobre a avaliação que fazia a respeito do material gravado no começo na década de 1960, demonstrou sinceridade. "Às vezes, ouço coisas que gravei e acho engraçado, faço críticas. Tem algumas que não faria mais", disse o ícone, sem mencionar quais eram as canções. Ele cogitou incluir novamente em seu repertório um de seus primeiros hits, Quero que Vá Tudo pro Inferno, que deixou de apresentar em função do TOC (Transtorno Obssessivo-Compulsivo). "Eu ainda não me dei alta, mas pode ser que um dia volte a cantar essa música", ressaltou o cantor, que deve lançar um disco de inéditas ainda neste ano", frisou Roberto.

EXPOSIÇÃO E TURNÊ
Em janeiro de 2010, a Oca, no Parque Ibirapuera, sediará a Expo RC 50 Anos, que terá curadoria de Marcello Dantas, responsável em 2008 pela bem-sucedida mostra Bossa na Oca. A exposição reunirá imagens, discos e itens da memorabilia de Roberto Carlos, entre eles o famoso calhambeque, que inspirou a música homônima e recentemente foi reformado pelo ex-piloto Emerson Fittipaldi.. O evento contará com site interativowww.rc50anos.com.br, em que poderão ser acessadas informações a respeito do projeto.

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